SÍNTESE DO COLESTEROL |
O colesterol pode ser obtido através da alimentação e pode ser sintetizado pelo próprio organismo. A síntese do colesterol no organismo ocorre no citosol e retículo endoplasmático da célula. Esse processo consiste em 28 etapas, o seu início se da através da associação de três moléculas de acetil-coA , que resulta em HMG-coA. A segunda etapa, onde a enzima HMG-coA redutase que catalisa a conversão de HMG-coA em melavonato, é a etapa limitante da síntese de colesterol. É nessa etapa que age a estatina, bloqueando a enzima HMG-coA redutase e assim inibindo a conversão de HMG-coA em melavonato e, por conseguinte, a síntese de colesterol.
Mecanismo da estatina |
Essa inibição ocorre devido a similaridade da estrutura (grupo lateral) da estatina com a HMG-coA. E assim a estatina liga-se de forma reversível à enzima HMG-coA redutase bloqueando seu sítio ativo. As estatinas são muito mais potentes que o substrato natural, ligando-se à região enzimática da enzima de forma mais eficaz.
Estrutura das estatinas |
Devido a
pesquisas e o desenvolvimento das estatinas, hoje temos varias estatinas de origem fúndica(Lovastatina, sinvastatina,
pravastatina) e sintética. Em geral a estrutura da estatina é composta por um
anel com diferentes substituintes e um
seguimento de ácido dihidroxiheptanóico. A estrutura do anel e suas interações
facilitam a ligação da estatina com a enzima, inibindo a produção de
colesterol.
Cada estatina apresenta sua estrutura e forma de agir no organismos.
Temos as lipossolúveis( lovastatina, simvastatina, atorvastatina e
fluvastatina), que atravessam a membrana das células dos tecidos
extra-hepáticos com mais facilidade que as hidrofílicas(pravastatina e a
rosuvastatina), podendo provocar efeitos colaterais indesejados mas apresentando um aumento na eficácia de
interação com a HMG-coA redutase. Já as hidrofílicas, atuam inicialmente no
fígado já que são captadas através de um sistema ativo de transporte que
permite a sua incorporação no tecido hepático. Sendo assim as apresentam maior seletividade hepática para inibir o colesterol, já que são
excluídas por outros tecidos.
Publicado por: Ellen Arcanjo Dourado, 15/0124015
Referências:
Santiago, M.A.M.C. , Porto, 2011, acessado em 16/06/2017.
Url:http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/2278/3/TM_15292.pdf
Costa, S.; Couto, M.R.; Teixeira, A.A. e Sousa, T.,
Estatinas e stresse oxidativo na insuficiência cardíaca crónica, Porto, 2015,
acessado em 16/06/2017.
Url:
http://www.elsevier.pt/pt/revistas/revista-portuguesa-cardiologia-334/artigo/estatinas-e-stresse-oxidativo-na-insuficiencia-cardiaca-cronica-S0870255115003145
P Gazzerro; MC Proto; G Gangemi; NA Malfitano; E Ciaglia; S
Pisanti; A Santoro; C Laezza; M Bifulco. Pharmacological Actions of Satatins: A
critical Appraisal in the Management of Cancer. Pharmacological Reviews. Vol
64. 2012.
Comentários
Postar um comentário