Há um aumento
de doenças cardiovasculares que tem sido associado a quantidade de colesterol
plasmático no sangue. Pode-se considerar o estresse oxidativo, que ocorre a partir
de um desequilíbrio entre a produção de compostos oxidantes e os sistemas de
defesas antioxidantes, uma parte importante na causa dessas doenças. Essa hipótese
consiste na oxidação do LDL, a lipoproteína oxidada interagiria com macrófagos
presentes no interior das artérias, estes fagocitariam a LDL resultando na
formação de placas.
Um grupo de
cientistas da Universidade do Leste da Finlândia acompanhou cerca 1.031 homens
com idades de 46 a 65 anos por mais de dez anos. Nesse estudo eles analisavam a
quantidade de Licopeno encontrada no sangue dos indivíduos. Foi constatado que
os homens que mantiveram os níveis mais elevados de licopeno no sangue reduziram
a chances de acidente cardiovascular em 59%. Propondo que o consumo de porções
mais abundantes de licopeno pode amenizar probabilidade de ter um ACV.
O licopeno é
uma substância responsável por dar a cor avermelhada para os alimentos como tomate,
melancia, goiaba e etc. É conhecido pelas
suas propriedades antioxidantes que poderia explicar a sua atuação como redutor
de ACV.
Devido a sua
natureza lipofílica, o licopeno é transportado pelas lipoproteínas de baixa e
baixíssima densidade. Acredita-se que devido a esse meio de transporte ele
consegue agir contra a oxidação da LDL e assim prevenir que esta se deposite nas artérias.
Há também indícios que o licopeno pode apresentar
o mesmo mecanismo de ação das estatinas, bloqueando a enzima HMG-coA redutase,
que é responsável pela conversão do HMG-coA em ácido mevalônico.
Dessa forma, o licopeno pode se tornar um grande aliado no combate de doenças cardiovasculares e em muitos casos substituir o uso de estatina.
Publicado por: Ellen Arcanjo Dourado, 15/0124015
Referências:
Trindade, M.; Martucci,R.,B.,;Efeitos do licopeno na saúde cardiovascular Rio de Janeiro; 2011; Disponível em <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=96>; Acesso em 17 de junho de 2017
Barbosa, K.B.F. Costa, N.M.B. Alfenas, R.C.G. Minim, V.P.R. Bressa, J. ; Revista nutrição; vol.23; Campinas, 2010; Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732010000400013> ; Acessado em 17 de junho de 2017.
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