Com o
levantamento de hipóteses associando os altos índice de colesterol com doenças
cardíacas (uma epidemia crescente no EUA nos anos 50), as pesquisas por formas
de diminuir o colesterol foram ganhando destaque, até que alguns anos depois
foi descoberto um poderoso inibidor de biossíntese de colesterol, inibidor da
enzima HMG-CoA redutase, que interrompe a via biossintética do colesterol.
Akira Endo sintetizou a primeira droga do
grupo estatina em 1976, a partir de um fungo, e em questão de 10 anos (período
recorde) drogas desse grupo já estavam sendo aprovadas para venda.
Nessa grande
dança que tem se mostrado a luta entre açúcar ou colesterol, encontramos um
grande vilão: a manipulação de resultados e a divulgação selecionada de
informação.
Para não citar
uma variedade de referencias, me contento com falar sobre o Framingham Heart
Study.
O estudo do
coração de Framingham é um estudo de longo prazo envolvendo os residentes da
cidade de Framingham, Massachusetts. O estudo começou em 1948 e continua sendo
realizado até hoje, com a terceira geração de participantes. (acompanhe pelo
site: http://www.framinghamheartstudy.org/ ). O estudo trouxe conhecimentos
revolucionários sobre doenças cardíacas e descobriu várias relações entre modo
de vida e as doenças coronárioas, como os efeitos da dieta, do cigarro, da
obesidade, do exercício e medicamentos.
Por diversas
vezes na história das ciências podemos perceber imagens de natureza distintas
ocupando o mesmo lugar no tempo e espaço, caminhando em direções opostas e
muitas vezes com premissas que excluem a possibilidade de veracidade da outra.
Vemos isso se repetindo na descoberta, aprovação e venda em massa de drogas do
grupo Estatinas. Uma batalha ideológica (e financeira) estava sendo travada
entre os que culpavam o açúcar e os que culpavam o colesterol, este último
pagando um pato cujo preço recaiu na população consumidora de estatinas ao
redor do mundo.
Ao longo dos
anos, com as mais novas descobertas (as patentes de estatinas vencendo) e as
indiscutíveis evidencias contra o açúcar, a farsa da hipótese lipídica começou
a ser desencoberta e várias artigos começaram a ser escritos desmentindo o que
antes era tido como fato para tantas pessoas e empresas.
A revista Time
em uma capa em 2014 admite como errou em
relação ao colesterol (acompanhe mais no blog
https://healthimpactnews.com/2014/time-magazine-we-were-wrong-about-saturated-fats/)
O próprio
Ancel Keys, em 1997, relatou: "Não há conexão de maneira alguma entre
consumo de colesterol e níveis de colesterol no sangue. Eu sei disso desde
sempre. O colesterol da dieta só importa se você por acaso é uma galinha ou um
coelho."
No seguinte blog:
https://deniseminger.com/2011/12/22/the-truth-about-ancel-keys-weve-all-got-it-wrong/
podemos perceber como Ancey Keys declaradamente manipulava seus resultados em
alinhamento com seus interesses ideológicos e financeiros.
Os perigos das
estatinas já vem sendo reconhecidos e estidades públicas começam a se alarmar
sobre os perigos que isso vem causado à população
http://www.express.co.uk/life-style/health/554503/Warn-patients-dangers-statins-experts.
Assim como os perigos do açúcar, que antes era apontado apenas como causa de
cáries.
Em um ótimo
artigo publicado na revista piauí, podemos ver informações valiosas em relação
a tal "amarga verdade" sobre o açúcar e como a sociedade, geral e
acadêmica, foi distraída dos malefícios do açúcar e da frutose com contos sobre
o colesterol (Confira aqui!
http://piaui.folha.uol.com.br/materia/conspiracao-amarga/).
Vamos nos
manter atentos a manipulações e procurar sempre fontes variadas de informação!
Que, como Voltaire, plantemos nosso próprio jardim.
Postado por Maria Cândida
16/0136067
Referências:
https://www.uncommonwisdomdaily.com/government-finally-admits-it-was-wrong-about-cholesterol-20213
https://en.wikipedia.org/wiki/Framingham_Heart_Study
http://www.framinghamheartstudy.org/
https://www.uncommonwisdomdaily.com/the-cholesterol-myth-exposed-18910
http://www.cholesterol-and-health.com/Does-Cholesterol-Cause-Heart-Disease-Myth.html
Report of the Conference on Low
Blood Cholesterol: Mortality Associations.-
Jacobs D, Blackburn H, Higgins M, Reed D, Iso H, McMillan G, Neaton J,
Nelson J, Potter J, Rifkind B, et al. 1992
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3108295/
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